Série Temas Patrulhados
(5)"Livre-comércio, divisor de águas entre os favoráveis e os contrários à liberdade econômica"
No atual governo brasileiro, o componente ideológico que impregna setores do Itamaraty, regredindo ao terceiro-mundismo dos anos 70, os leva a admitir acordos comerciais com qualquer país, especialmente, os do "sul", mas não com os Estados Unidos, uma atitude irrealista e míope de nossa diplomacia, afirma Adolpho Lindenberg em recente artigo
* Adolpho Lindenberg é autor do livro "Os católicos e a economia de mercado", em que denuncia uma política com viés esquerdista que censura, marginaliza ou encobre com um manto de silêncio, opiniões "politicamente incorretas", não afinados com as assim denominadas "causas sociais" inspiradas na teologia da libertação e nos Fóruns Sociais. Assim, os meios de comunicação, e a própria sociedade brasileira, estão sendo "patrulhados".
* Em seu recente artigo "A economia de mercado e o livre-comércio", da Série Temas Patrulhados, o autor lamenta que a economia de mercado e o livre-comércio continuem sendo o alvo predileto da dialética intervencionista e progressista. Os argumentos usados se repetem como certas melodias dos clássicos realejos de antigamente, comenta Lindenberg, que em seu artigo enumera uma série dessas diatribes, das quais citamos aqui:
- Livres de quaisquer tabelamento ou fiscalização de "órgãos competentes", os preços subiriam assustadoramente, empobrecendo os consumidores, deixando-os indefesos diante da ganância dos industriais, fazendeiros, comerciantes, etc.
- A ganância dos industriais e o esmagamento das pequenas empresas incapazes de competir contra os gigantes empresariais, só sofreriam limites se o Estado intervier no mercado, via controle de preços, estatização das empresas de serviços públicos, subsídios e barreiras alfandegárias.
- O livre-comércio seria a porta de entrada dos produtos das multinacionais em nosso país com o intuito de nos explorar e nos submeter ao imperialismo norte-americano.
* A estas e outras diatribes analisadas e refutadas no artigo, se soma, no atual governo brasileiro, o componente ideológico que passou a impregnar setores do Itamaraty, parecendo ter regredido ao terceiro-mundismo dos anos 70, dispostos a admitir acordos comerciais com qualquer país, especialmente, os do "sul", mas não com os Estados Unidos. Atitude de nossa diplomacia que tem sido qualificada de "irrealista" por analistas políticos e criticada enfaticamente.
* A única correção possível para essa miopia consiste numa boa compreensão do que seja uma concorrência sadia e de como a competitividade entre os produtores constitui o instrumento natural para manter os preços dos produtos pouco acima de seu preço de custo, explica Lindenberg.
* O mercado é uma realidade funcional que oferece condições para produtores e consumidores, vendedores e compradores entrarem em contato entre si, com vistas a conhecer, avaliar e comparar os bens oferecidos e eventualmente chegar a acordos sobre preços. Tais combinações são obtidas mediante o livre jogo da oferta e da procura.
* Todos quantos consideram preferível a determinação dos preços por via governamental - evitando destarte os "desmandos da lei da oferta e da procura" - por mais bem-intencionados que possam ser (requisito não muito comum em nossos dias...), por melhores que sejam os programas de seus computadores, nunca conseguirão combinar as centenas de fatores que condicionam os preços de um modo tão perfeito, vivo e atualizado, como aqueles que emergem das práticas mercadológicas.
* A aceitação ou recusa do livre-comércio e suas conseqüências naturais, é o divisor de águas entre as mentalidades favoráveis e as contrárias à liberdade econômica, conclui Lindenberg, cujo artigo oferecemos gratuitamente.
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