Discurso do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC)

Brasília, plenário da Câmara dos Deputados, 26 de maio de 2014 “A Voz do Brasil”, 26 de maio de 2014

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Eleições ucranianas: lição de liberdade

 

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.

O povo ucraniano escolheu ontem o seu novo presidente e essas eleições deram ao mundo uma lição de liberdade.

É com muita alegria que nós brasileiros felicitamos o bravo povo ucraniano, bem como as suas autoridades e o presidente eleito, o Sr. Petro Poroshenko.

Nos últimos meses, especialmente nos dias que antecederam as eleições, Putin exerceu uma forte pressão – sem precedentes no século XXI – não apenas política, mas militar e psicológica sobre a sofrida, porém combativa nação ucraniana.

Os ucranianos, contudo, foram capazes de resistir a tais pressões; as eleições foram realizadas e uma nova etapa se abre para a vida daquela gloriosa nação. Aliás, com implicações para a Europa Oriental, para a Europa como um todo e para a causa da liberdade em todo o mundo.

Os ucranianos sabem muito bem que a sua luta pela liberdade é admirada por todo o orbe, de modo particular no Brasil, incluindo o meu amado Estado de Santa Catarina, que tenho a honra de representar.

Em Santa Catarina vivem dezenas de milhares de ucranianos e de seus descendentes, que contribuíram e contribuem, e, tenho a certeza, de que ainda muito contribuirão para a prosperidade do nosso estado e do país.

As eleições presidenciais ucranianas foram realizadas, apesar de enormes dificuldades, e o tempo agora é de júbilo, mas também de muita vigilância, pois as pretensões imperialistas do atual governo russo sobre a Ucrânia não conhecem limites.

A comunidade internacional precisa ter os olhos bem abertos. Concordo e faço minhas as palavras recentes do ministro das Relações Exteriores da Romênia, Titus Corlăţean, ao alertar o ocidente sobre o expansionismo russo:

"A história mostra que todas as vezes que os russos perceberam fraqueza no mundo ocidental, eles se aproveitaram dessa fraqueza. Mas, no presente momento não temos o direito de ser fracos”.

É o apelo que eu faço aos Senhores.

Tenho dito.