BUENOS AIRES, 12 de agosto, 2001 (NFC) – "O mundo não pode continuar ignorando a cruel perseguição a 12 milhões de católicos na China comunista, que recrudesceu nos últimos meses com novos seqüestros de bispos, sacerdotes e fiéis. Chegou a hora de levantar a voz em favor desses irmãos perseguidos, mártires vivos do terceiro milênio", afirmaram os diretores das revistas Cristiandad.org e Panorama Católico Internacional, Andrés Silva e Marcelo González (e-mails: director.cristiandad@cicorp.net - panorama@infovia.com.ar ).

Ambos os dirigentes católicos, citando recentes informações da agência vaticana Fides e da Fundação Cardeal Kung, mencionam como exemplos particularmente dolorosos da perseguição religiosa na China a detenção, no começo de abril p.p., do idoso Bispo de Pequim, D. Matias Pei, de 82 anos; e em 13 de abril (Sexta-feira Santa) do Bispo de Hebei, D. Shi Enxiang, de 79 anos, que passou 30 anos de sua vida nos cárceres comunistas. A estas vítimas se somam dezenas de jovens sacerdotes e leigos, como o Pe. Li Jiambo, de 34 anos, e o Pe. Lu Genjun, de 39 anos. Fides assinala que pelo menos 10 bispos da Igreja do Silêncio estão nos cárceres, permanem seqüestrados em lugares desconhecidos ou estão sob prisão domiciliar.

"Uma mobilização do bilhão de fiéis católicos no mundo inteiro, reclamando com firmeza diante das embaixadas chinesas nos respectivos países; dos meios de comunicação; de governos; e de organizações de defesa dos direitos humanos, será capaz de criar um clima internacional que tornará insustentável a continuação da perseguição na China, tanto por motivos religiosos, como é o caso dos católicos, quanto ideológicos, acrescentou o diretor de Cristiandad.org.

A revista Panorama Católico Internacional, editada em Buenos Aires, aborda em seu último número o tema dos católicos chineses.

Fontes consultadas pela agência Fides afirmam que a recente libertação do Bispo de Henan, D. Giuseppe Zhang, de 45 anos, se deveria às "graves condições de saúde" em que o mencionado prelado se encontra. Portanto, isso não indica nenhuma mudança na meta dos comunistas chineses, denunciada por Fides na mesma notícia: "o Governo lançou uma campanha para a eliminação da Igreja subterrânea", fiel a Roma.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Cardeal Bernard Law, diretor do Comitê de Assuntos Internacionais da Conferência dos Bispos Católicos, em severa carta ao embaixador chinês em Washington, qualificou de "situação inaceitável" a onda de perseguições desencadeadas na China contra os católicos e contra dissidentes.

Outros informes recentes assinalam o recrudescimento da perseguição religiosa em Cuba e Vietnã, ambos sob sistema comunista.

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